Não há como falar em Bobsled brasileiro, sem lembrar do nome, Edson Bindilatti. Com cinco participações no Jogos Olímpicos de Inverno; Salt Lake City 2002, Turim 2006, Sochi 2014, Pyeongchang 2018 e Pequim 2022, Edson junto a equipe brasileira de 4 – Man, conseguiu o melhor resultado da história do Bobsled, se classificando para a grande final. “Participar da final olímpica foi histórico para o Brasil, estamos entre os 20 melhores do mundo”, disse.
Bindilatti foi o porta bandeira da Seleção Brasileira pela segunda vez, a primeira foi em Pyeongchang. “Estive na cerimônia de abertura ao lado da Jaqueline Mourão, esta gigantesca atleta do esporte nacional. Passou um filme na minha cabeça, todo o trabalho, dedicação, dificuldades, tudo isso valeu a pena. Foi uma emoção indiscutível e incomparável” relatou.

Bindilatti considera que o trabalho feito ao longo dos anos foi grandioso e que desde a primeira participação em 2002, a equipe foi evoluindo e até chegarem a inédita final em Pequim. “Aos 42 anos ser finalista, mostra que idade é apenas um número e se você tiver com o corpo preparado e a mente sã as coisas podem acontecer da maneira planejada”, disse.
Pequim foi a última participação olímpica de Edson, que anunciou sua aposentadoria durante os jogos. “Foi uma sensação de tristeza e felicidade, um misto de emoções que é difícil explicar”.
Com a sensação de dever cumprido como atleta, nosso campeão vai investir na carreira de treinador. Professor de Educação Física, pós-graduado em treinamento esportivo, Edson possui experiência como assistente técnico do campeão olímpico Thiago Braz, (ouro no Rio em 2016 e bronze em Tóquio 2020) e da campeã mundial e pan-americana Fabiana Murrer (ouro no mundial de Daegu em 2011, ouro no Pan do Rio em 2007). “Vou trabalhar em prol dos esportes de inverno, especificamente no Bobsld, finalizou.
Além das participações olímpicas, o Bobsled brasileiro coleciona outros títulos importantes, como o bicampeonato da Copa América e o terceiro lugar no Campeonato Mundial de largadas.
Reportagem/Edição: Peter Suzano
Foto: Acervo IBSF/Edson Bindilatti