O calor e a umidade são características do verão e junto a esses dois fatores climáticos vêm o aumento da transpiração e umidade do corpo fazendo com que aumentem os casos das chamadas doenças de pele. As mais comuns são as micoses, frieiras e infecções bacterianas, além das irritações como brotoejas (mais comum em crianças pequenas) e alergias de contato.
Em entrevista ao site do HCor – Hospital do Coração em São Paulo o dermatologista, Dr. José Antônio Sanches aponta alguns fatores de risco como fator de risco o uso de roupas úmidas por períodos prolongados como maiôs, shorts, biquínis e sungas. A maior frequência em clubes, piscinas, vestiários e praias no período do verão aumenta a chance de contato com bactérias e fungos contribuindo significativamente para o aumento dessas enfermidades.
Sanches frisou que ao observar qualquer problema relacionado a pele é muito importante que se busque ajuda médica para a realização do diagnóstico correto e nunca recorra a “soluções caseiras”, pois as doenças podem ter sintomas semelhantes.
Confira algumas maneiras de se prevenir para poder curtir o verão de forma segura e sadia: Evite ficar com roupas molhadas, não frequente praias impróprias para banho ou que tenha a presença de cães e gatos, usar chinelos de borracha em piscinas, vestiários e clubes, fazer higiene adequada da pele enxugando a dobras da pele e entre os dedos e fuja das aglomerações.
Exposição ao sol forte exige proteção especial para prevenção do câncer de pele
Além das enfermidades citadas acima, a exposição da pele por tempo prolongado a radiação solar, que é maior nesta época do ano, pode causar queimaduras graves e aumentar os riscos de contrair câncer de pele, o mais frequente no Brasil e também no mundo.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, INCA, 27% de todos os diagnósticos de tumores malignos no país são pele, totalizando aproximadamente 177 mil novos casos por ano.
Desta maneira é essencial que todos cuidem da fotoproteção. O uso de filtro solar com fator acima de 30 FPS deve ser intensificado diariamente e principalmente durante passeios em parques, praias e piscinas. É necessário aplicar o protetor 30 minutos antes de sair ao sol e após as atividades aquáticas. Atenção para não deixar desprotegidas partes do corpo tais como, atrás das orelhas, nuca, mãos e pés.
Além do filtro solar as pessoas devem vestir roupas e chapéus de algodão nas atividades externas. Na praia o uso de guarda sol feitos de algodão ou lona é de extrema importância, pois absorvem até 50% da radiação solar. Não esqueça dos óculos escuros para prevenir lesões nos olhos.
Em crianças o cuidado deve ser redobrado, devido a sensibilidade da pele dos pequenos. O filtro solar pode ser usado a partir dos seis meses de idade acompanhado de roupas leves e chapéus e evitar a exposição a luz solar entre às 10h e 16h. É recomendado que os pais busquem orientação com o pediatra ou dermatologista sobre qual o melhor produto para os filhos, observando suas particularidades.
Para informações complementares sobre prevenção, sintomas, exames, diagnóstico e tratamento de, acesse o site do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo.
Lembre-se, a prevenção é ainda a melhor forma de combater esta doença.
Reportagem/Edição: Peter Suzano
Foto: Ramon de Castro